Eu não sei quanto a você meu Nobre Leitor, mas eu sou um grande fã dos jogos do Stefan Feld. Seja meu amado Jórvírk ou o belíssimo Merlin, o Feldão da massa cativou e conquistou uma legião de fãs de seus jogos. Pensando nisso, hoje decidi trazer para vocês o jogo que, até hoje, NÃO GANHEI UMA PARTIDA SEQUER. Um jogo feio, mas muito muito bom. Hoje é dia de The Castles of Burgundy.

Como nosso alemão favorito gosta de pôr uma história por trás de seus jogos, Castles of Burgundy se passa, vejam bem senhoras e senhores, na região de Burgundy, na França. Aqui, cada jogador assume o papel de um príncipe com a missão de fazer seu principado crescer e desenvolver, através de negociações, agricultura e tudo mais que os seus tiles permitirem.

Após o setup inicial, os jogadores recebem um tabuleiro com duas faces, tendo o modo básico ou avançado, que pode ser escolhido de acordo com suas habilidades ou se estão em busca de desafios.

Burgundy se passa em 5 fases, e cada fase se dá em cinco rodadas. Os jogadores rolam seus dados e o jogador inicial rola o dado branco para posicionar uma mercadoria de acordo com o número sorteado. Em seguida, cada príncipe, ou princesa, pode fazer quatro ações principais, ou visitar o mercado paralelo, caso tenha os requisitos necessários para tal. Nas ações principais, o jogador pode pegar uma peça do tabuleiro central, coloca uma peça adquirida anteriormente no seu principado, vender mercadorias e adquirir trabalhadores.

Nesse jogo, temos uma grande influência de sorte, que pode ser mitigada com o uso dos trabalhadores, que somam ou subtraem 1 do valor dos dados, a não ser que você possua algum tile que mude essa regra. Devo dizer que essa mecânica é genial, o que faz com que o jogo seja muito mais fluído e que seja possível bolar estratégias mais benéficas a você caso sua sorte nos dados, seja péssima.

Castles of Burgundy possui vários tiles diferentes, com habilidades ou pontuações diferentes. Não vou detalhá-los aqui, pois são vários, basta consultar o manual para ver o que cada um faz. Já falei em outros artigos sobre isso e reforço que os manuais da Grow são sensacionais, principalmente a aba na lateral direita com um breve resumo das explicações, assim você tende a ficar menos perdido.

Outra coisa que eu queria trazer aqui, é que automação da versão digital no Yukata, tirou certa magia desse jogo para mim. Mas calma, eu explico. Na jogatina online, todo o cálculo de pontos é automatizada e você tem aquela ajudinha do que você pode ou não fazer.

Além disso, sempre que você puder ir visitar o mercado paralelo, a plataforma sinaliza para você. Na versão analógica não temos essa ajudinha, então vez ou outra, você pode “comer mosca” e deixar algo passar ou vacilar na hora de contar os pontos. Então vai com calma nas somas, ok?

Por falar em pontos, à medida que você completa as áreas coloridas do seu tabuleiro individual você pontua de acordo com a fase em que você e seus colegas se encontram. Outra forma de pontuar é adquirir tiles de fazenda. No final, o Nobre com mais pontos vence.

Além da versão tradicional, Burgundy também aparece na versão Card Game e Dice Game. Se você já jogou alguma dessas versões comenta aí o que você achou.

É uma pena a Grow ter saído do ramo dos jogos de tabuleiro, não só por esse título, mas por grandes outros como Broom Service, Puerto Rico, Carcassonne e Catan, por exemplo. Vamos ver se alguma editora compre os direitos e traga uma versão bacana desse jogo, pois a última impressa pela Grow deixou um pouco a desejar, de acordo com alguns feedbacks da internet.

Meus caros príncipes e princesas, eu vou ficando por aqui, então hoje eu quero saber quem jogou o Burgundy e suas opiniões sobre esse jogo, que é feio mais é bom demais. Deixo registrado aqui também um salve para o maior fã desse jogo, nosso querido Phil.

Um abraço e até a próxima.

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