As margens do Nilo uma das primeiras grande civilizações do mundo começa a emergir, o: Egito (ou Kemet, como era chamado por seus nativos).  Os antigos egípcios eram um povo devoto à um vasto panteão de Deuses com corpos humanos e cabeças de animais. Anubis, Osiris, Sobek, Rah, entre muitos outros…

Em Kemet, 5 desses deuses disputam o controle da Terra Negra (Tradução literal do termo Kemet) por meio de uma guerra que envolve misticismo, muitas tropas, sangue e poderosas criaturas.

Kemet é mais um daqueles jogos “tipo War” em que controlar áreas, mover tropas e pancadaria é a principal mecânica. Cada jogador recebe um tabuleiro individual, 5 marcadores de ação, 6 cartas de combate e suas tropas representando um dos Deuses do panteão egípcio. O jogo é simétrico então esses tabuleiros não fornecem poderem diferenciados para os jogadores, é apenas uma questão estética.

O tabuleiro apresenta uma trilha de poder na parte superior, que indica a sua capacidade de realizar algumas ações e adquirir poderes dos Deuses (falaremos disso mais adiante), nele estão também 9 espaços que representam as possíveis ações dos jogadores. Em seu turno o jogador deve escolher uma das ações disponíveis e sinalizar com um dos marcadores recebidos e executá-la imediatamente. Um a um os jogadores se revezam até que todos utilizem todas as ações. 

O objetivo do jogo é conseguir 8 pontos de vitória no modo curto ou 10 pontos de vitória no modo longo. Existem 5 maneiras de conseguir pontos de vitória: Vencer combates contra inimigos, controlar templos, evoluir suas pirâmides, comprando poderes dos Deuses e fazendo sacrifícios como oferendas. Para conseguir alcançar qualquer uma dessas formas de pontuar, os jogadores podem contar com os “Poderes Divinos” que são o grande charme do jogo.

Ao longo da partida os jogadores podem gastar uma quantidade de poder para adquirir esses poderes que vão dando assimetria aos exércitos. Alguns melhoram a capacidade de movimento, outros defesa, outros de geração de poder, etc. As possibilidades de combinação e caminhos diferentes são o que tornam as partidas de Kemet únicas. No jogo base, existem 48 poderes divinos (16 em cada uma das cores Azul, Branco e Vermelho) e para conseguir um poder o jogador precisa construir (ou roubar) uma pirâmide de mesma cor e nível que os tiles.

Por último, e não menos relevante, é importante lembrar também das criaturas. Elas são compradas como poderes dos deuses, mas além de fornecer assimetria, permitem ao jogador controlar uma criatura ancestral poderosa (e extremamente bonita). No jogo base temos o Elefante de Guerra, a Serpente, a Esfinge, o Escorpião, o Escaravelho, a Fênix e a Múmia.

Kemet ainda conta com 3 expansões. A primeira, Ta-Seti, adiciona a pirâmide preta e mais 16 poderes na mesma cor da nova pirâmide e também os Sacerdotes que dão nova dinâmica à evolução dos exércitos. A segunda, Seth, adiciona o deus antigo do caos Seth e um modo semi-cooperativo de jogo. Aqui um jogador controla Seth e todos os demais devem tentar derrotá-lo em uma releitura muito boa do jeito de se jogar Kemet. Há também o C3K (Creature Crossover Cyclades – Kemet) que permite o uso das criaturas gregas de Cyclades (outro jogo da mesma produtora) nas batalhas pela Terra Negra.

Kemet não é um jogo para quem não está disposto a combater. O conflito é estimulado e é peça chave para a vitória. Se você gosta de combate e de criar combinações de poderes, Kemet é o jogo pra você.

Arte e Componentes: 8/10
Sorte: 4/10
Complexidade: 6/10
Rejogabilidade: 7/10
Estratégia: 9/10

Nota Final: 9/10

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