Eu tenho certeza de que você, meu Nobre Leitor, já esbarrou várias vezes com jogos “desonestos”. Mas calma, não estou falando daqueles jogos de aposta de rodoviária não. São aqueles jogos que prometem mil coisas e não lhe entregam tudo, ou às vezes não entregam nada que prometeram, como um certo jogo que se diz ser 4X, mas que seria um 3X ou, aquele outro jogo de civilização, que não tem nada de civilização. Mas e quanto aos jogos honestos? Aqueles que prometem e cumprem com sua proposta? Pensando nisso, hoje eu trago para vocês o jogo mais honesto com que já me deparei, o meu xodózinho, meu querido, amado e por muito tempo, cobiçado aqui nas listas de troca da Ludopedia (mesmo eu nunca tendo o colocado na lista). Hoje falaremos sobre Lords of Waterdeep.

Bem-vindo a Waterdeep, a cidade dos Esplendores! A joia mais resplandecente em Forgotten Realms é um covil de intriga política e negociações obscuras.

Você é um Senhor de Waterdeep, um dos governantes secretos desta grande cidade. Através de seus agentes você recruta aventureiros para realizar missões, ganhar prêmios, aumentar a sua influência sobre a cidade e avançar em sua agenda. 

Seus tesouros e recursos podem ser usados para garantir sua ascensão, porém o que não puder ser conquistado com estratégia e negociação, deve ser tomado a força a qualquer custo. 

Através de acordos traiçoeiros, mercenários e o simples e velho suborno, você poderá guiar a cidade e se tornar o maior Senhor de Waterdeep!”.

É assim que somos apresentados a esse jogo situado no universo do saudoso Dugeons & Dragons, onde os jogadores se alternam numa mecânica relativamente simples de alocação de trabalhadores, mas que garante várias jogatinas bem divertidas e emocionantes. Uma partida nunca será como a outra, uma vez que as diversas cartas de missão e de intrigas podem virar o jogo de ponta a cabeça num piscar de olhos. Os tabuleiros e as cartas contam com artes extremamente bem-feitas e belíssimas.

Aqui, cada jogador deve realizar “missões e quests” a fim de juntar pontos de prestígio na rede de intrigas de Waterdeep, com uma pegada bem legal de RPG: Você deve ter um determinado número de guerreiros, clérigos, magos ou assassinos, todos representados por determinados cubos coloridos, dependendo da sua função, para realizar aquela tarefa. Para ter seus ditos soldados, os jogadores alocam seus trabalhadores em alguns locais da cidade, ou em novos locais construídos pelos Senhores ao longo da partida. Contrate seus mercenários, e prepare-se para suas aventuras.

Falando das missões, cada uma delas pode ser dum determinado grupo, sendo missões arcanas, de guerra, de assassinato, dentre outras. Esses tipos são de extrema importância para a pontuação final do jogo, pois cada Lorde (recebido no início do jogo) dá pontos extras para determinados tipos de quests. Então, se você quer garantir uns pontinhos a mais, você tem a opção de focar naquele tipo de missão.

Outra coisa que não posso deixar de falar, são as Cartas de Intriga. Com elas, é possível atrapalhar ou ajudar os coleguinhas, conseguir uma graninha extra, ou quem sabe um ou mais tipos de mercenários diferentes. São diversas cartas com várias ações diferentes e que trazer uma maior rejogabilidade.

Falando em rejogabilidade, para esse humilde contador de histórias que vos fala, Waterdeep é virtualmente infinito, devido a quatro fatores: as várias cartas de quest, as diversas construções, as cartas de intriga e ao draft de Lordes no início do jogo. Ainda é possível aumentar ainda mais a diversificação com as variantes criadas pela comunidade, ou seja, dá pra jogar infinito com esse trem.

E agora, se você chegou até aqui, deve estar se perguntando “cadê a explicação de honestidade?” e eu lhe respondo: bem aqui.

Veja bem, Waterdeep é um jogo de alocação de trabalhadores basicamente, e está tudo bem com isso. É um dos melhores jogos de entrada que já tive o prazer de jogar, e mesmo eu estando há algum tempo no hobby, ainda é um dos meus jogos favoritos. A simplicidade dele me conquistou, assim como Kingdom Builder, por exemplo. Sim, eu gosto de jogos mais pesados como Brass e Caledônia, mas um jogo simples, bem amarradinho tem sempre um lugar na minha estante. 

Mas tudo bem, eu entendo se você não for fã dessas coisas, e é aqui que eu falo das expansões do jogo. Scoundrels of Skullport traz duas adições fantásticas ao jogo, Undermountain e Skullport. Na primeira temos novos locais para explorar, mais quests e formas de obtê-las. A segunda traz o mesmo que a primeira e um novo recurso espetacular: A Corrupção. As famosas caveirinhas que já citamos nos Casts são daqui, onde é possível perder vários pontos de prestígio se os pontos de corrupção aumentarem na trilha. E esses pontos serão para todos os jogadores que tiverem esse recurso em sua posse. Além disso tudo, temos a possibilidade de aumentar o número de jogadores, fazendo que o jogo possa ter até 5 pessoas se divertindo na mesa.

Parece que finalmente, teremos cópias de Waterdeep vindo para o Brasil, mas aqui tem outro ponto importante. Várias fontes da internet apontam que o jogo virá sem tradução para o português, e isso, eu particularmente, acho um problema, tendo em vista que, dessa forma, você exclui alguns jogadores que não têm domínio da língua inglesa, pois é bem importante entender as informações das cartas, principalmente as de Intriga. Uma pisada de bola da Galápagos, que deve ter seus motivos para tal. Mas não se descabele meu Nobre, pois é possível encontrar alguns paste up traduzido internet a fora.

Então meus Caros Lordes, esse foi um breve resumo sobre Lords of Waterdeep, e dessa vez eu quero saber, se você já jogou meu xodózinho e qual a sua opinião sobre essa vinda sem tradução do jogo para nossa terrinha da ordem e progresso.

Deixa aí nos comentários. Eu fico por aqui, um abraço e até a próxima.

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