Eu não sei você, meu Nobre Leitor, mas já me peguei pensando algumas vezes, e até discutindo numa roda de amigos a seguinte questão: Jogo bom, tem sempre que ser complexo? A resposta, obviamente, é não. Já falamos isso várias vezes no CorujaCast, e pra tentar deixar claro de uma vez por todas, hoje eu falo sobre um jogo que, num primeiro momento parece ser bem simples, mas que requer planejamento tático e estratégia. Um jogo que, infelizmente, não ficou na hype por aqui.

Hoje vamos falar de Kingdom Builder. Recentemente, adquiri o Kingdom Builder na versão Big Box, um trambolho gigantesco que até envergou minha singela estante de jogos. A primeira vista, nosso KB parece ser bem simples, onde sacamos uma carta, alocamos nossas casinhas e passamos a vez para o próximo jogador, até que alguém aloque todas as casinhas. Por essa simplicidade, já vi muita gente dando hate no jogo, sem ter mesmo experimentado. Mas não ache que é só isso que o jogo de Donald Vaccarino tem a oferecer. Aliás, antes de prosseguir, tenho que deixar registrado aqui um disclaimer de que esse senhor é o inventor do Deck-building. Então se você curte essa mecânica, agradeça-o.

Voltando à construção de reinos, o posicionamento e alocação de suas peças refletem nas condições de final de jogo. Mas pera lá, estamos passando o carro na frente dos bois, irei explicar um pouco mais do jogo. Só o jogo base, vem com 8 seções de tabuleiro que podem ser montadas ao seu bel-prazer, além das 10 cartas de construção de reino (relacionadas à pontuação de final do jogo) que já traz uma grande rejogabilidade. Com a Big Box, temos o jogo base + 4 expansões, o que torna o jogo virtualmente infinito. Montado o tabuleiro, com quatro seções escolhidas previamente, verificamos as peças de local que irão aparecer naquela partida. Esses locais, podem lhe garantir bônus de pontuação ou de ações, garantido um combo nas alocações focando na pontuação final. E por falar nela, das cartas de construção, são selecionadas três antes do início da partida, e elas definirão as formas de pontuar, como por exemplo os pescadores, que lhe darão um ouro para cada construção próxima da água, ou os mineiros que lhe dão ouro caso você tenha casinhas ao lado de montanhas. Esse ouro equivale a pontos de vitória, e como é de praxe, quem tiver mais ao final, vence. Então, a cada rodada, os jogadores se alternam descendo uma carta de terreno e alocando suas peças naquele espaço, respeitando as regras de construção (a não ser que você tenha algum bônus de local que permita transpassá-las), até alguém ponha no tabuleiro sua quadragésima construção. Jogo simples né? Mas nem tanto. Pois a cada rodada, a disputa por território vai ficando cada vez mais acirrada, onde podemos ter vários blocks, quebrar o combo de construção do coleguinha, dentre outras estratégias, sórdidas ou não, em busca da vitória.

Kingdom Builder é um jogo democrático, já que dá pra agradar vários tipos de mesa, jogar com a criançada e até com a sua mamãe, já que é um jogo fácil de explicar e possui ações bem simplificadas.

Então galera, esse foi um breve resumo sobre Kingdom Builder e hoje, quero saber duas coisas:

1 – Quem aí já jogou e o que achou do KB.

2 – Jogo bom tem que ser complexo?Deixa aí nos comentários.

Eu fico por aqui, um abraço e até a próxima.

One thought to “Kingdom Builder – BIG BOX”

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *