Na década de 1970, os governos do mundo enfrentaram uma demanda sem precedentes para a energia elétrica, e usinas poluentes foram construídas em todos os lugares, a fim de atendê-la. Ano após ano, a poluição aumentou, e nada foi feito para reduzi-la. Agora, o impacto desta poluição tornou-se grande demais, e a humanidade está começando a perceber que temos de atender às demandas de nossa energia através de fontes limpas.
Empresas especializadas são chamadas para propor projetos que irão fornecer a energia limpa e sustentável. Os governos regionais estão ansiosos para financiar esses projetos, e para investir em sua implementação.
Se a poluição não for interrompida, é game over para todos nós.
Em CO2, cada jogador é o CEO de uma empresa de energia que precisa responder às solicitações do governo para novas usinas verdes. O objetivo é deter o aumento da poluição, enquanto atende a crescente demanda por energia sustentável e, claro, lucrar com isso. O jogador vai precisar de bastante competência, dinheiro e recursos para construir essas usinas limpas.
Cada região começa com um determinado número de licenças de emissão de carbono à sua disposição. Essas licenças são concedidas pela ONU, e devem ser gastas sempre que a região precisar instalar a infraestrutura de energia para um projeto, ou para construir uma usina de energia a combustão. As licenças, ou CEPs, podem ser compradas e vendidas no mercado, e seu preço flutua ao longo do jogo.
Para vencer, é preciso dinheiro acumulado, CEPS, Usinas Verdes construídas, Metas da ONU concluídas, e experiência ganha, que representam a reputação da sua empresa. Essa reputação significa a vitória do jogo… além de salvar o planeta, é claro.
CO2 é um eurogame um tanto quanto pesado e é mais uma obra de Vital Lacerda, um dos designers mais bem-conceituado do mundo dos board games. Cada partida desse game se dá em 5 décadas, ou rodadas, e cada uma dessas rodadas são divididas em três fases: Fase de Suprimentos, Fase de Operação e Controle Regional.
A Fase de suprimentos é subdividida em três etapas: a primeira delas é a Distribuição de Rendimentos, onde é pago aos jogadores dinheiro e/ou pontos de vitória. A segunda etapa é a Suprimento de Energia onde os CEO determinam quais regiões deverão ser abastecidas pelas usinas verdes ou pelas usinas de combustíveis fósseis; e é essa parte do jogo que se inicia a flutuação do valor das licenças de emissão de carbono. E a última etapa é a etapa de eventos, onde é verificado a quantidade de CO2 na atmosfera e suas consequências.
Na Fase de Operação, os jogadores podem propor ou instalar um projeto, ou construir uma Usina. Projetos são necessários para construir usinas verdes que dependem de recursos renováveis. Existem 5 fontes de energia verde no jogo: reflorestamento, solar, fusão a frio, biomassa, reciclagem. Ainda nessa fase, os jogadores podem se especializar e desenvolver tipos de usinas, interagir com o mercado, usar cartas que geram dinheiro, pontos de vitória ou vantagens no mercado.
Por fim, temos o Controle Regional, onde o jogador que tiver construído os três tipos de usina verde naquela região, ganha o controle sobre ela ganhando várias vantagens naquele lugar.
O vencedor é o jogador com a maior pontuação. Em caso de empate, o jogador empatado com mais usinas de energia verde vence. Em caso de empate adicional, compare a experiência dos jogadores empatados em cada fonte de energia, em ordem (floresta, solar, fusão a frio, biomassa, reciclagem) até que alguém seja o melhor. Se ainda estiver empatado, qualquer jogador empatado controla mais Regiões vence. Se, de alguma forma, ainda houver empate, todos os jogadores empatados serão vencedores
E aí, já jogaram CO2? Ou o CO2: Segunda chance, onde foi incluído um modo cooperativo? Eu fico por aqui, um beijo de cérebro e todo mundo e tchau!
Comentários