Euphoria: construindo uma melhor distopia, é simplesmente um dos meus jogos favoritos. Aborda um mundo pós apocalíptico em que a classe rica dominante desumaniza o resto da população e os utiliza apenas como força para geração de insumos hídricos, energéticos e alimentares. Nessa ficção, que não tem nada a ver com o mundo que vivemos, um jovem percebe que está vivendo uma distopia e resolve lutar contra essa realidade que oprime tanta gente. Qual será o plano desse pequeno padawan? Ele resolve ser um jovem influente nessa sociedade e com o poder adquirido mudar a situação dos desfavorecidos.
Nesse jogo cada jogador resolve incorporar a ideia desse jovem sonhador e quer ser o primeiro a conquistar a autoridade para mudar a realidade atual. Euphoria é um jogo de alocação de dados com gerenciamento de recursos que permite uma jogatina de 2 a 6 pessoas que dura cerca 60 minutos. Esse é um jogo com um peso de complexidade leve/médio, com um tabuleiro lindo, meeples encantadores e uma temática bem amarradinha com o jogo. Temos 2 trilhas, conhecimento e motivação, que controlam a sua capacidade de possuir mais trabalhadores e artefatos na mão. São elas que dão um tempero muito bom para o jogo, pois diversas ações alteram o seu local nessas trilhas, e a meta de todos é manter a motivação alta e o conhecimento baixo, pois, ao rolar os dados de trabalhadores, se a soma do valor da trilha e o valor dos dados forem superiores a 15 o trabalhador com mais conhecimento compreende a distopia que está vivendo e larga seu posto de trabalho lhe abandonando. Isso mesmo, para você conseguir autoridade é necessário utilizar de trabalhadores oprimidos para alcançar o topo. Já a trilha de motivação controla o número máximo de cartas de artefatos na mão, que são essenciais para conseguir autoridade.
Outro detalhe interessante que apimenta a temática é que todas as sub classes no jogo estão construindo túneis para conseguirem recursos dos outros distritos. Esses túneis são utilizados para revelar cartas de novos recrutas para auxiliar no seu jogo e ter uma nova fonte abundante de recursos.
O jogo é repleto de relação com a temática proposta pelos seus criadores, mas não vou abordar só isso nesse texto.
A dinâmica do jogo é simples. Na sua vez você tem 3 opções: alocar 1 dado, retirar do tabuleiro quantos trabalhadores seus desejar ou resolver sua carta de dilema ético. As ações nos tabuleiros são diversas e cada jogador terá sua estratégia para conseguir ter a autoridade suficiente para mudar o mundo distópico. O dilema ético é uma carta genial que te dá a opção de distribuir mais 1 ponto de autoridade ou conseguir mais 1 recruta. Porém, quando você opta por conquistar autoridade você comete uma ação autoritária como queimar livros, desfazer uma amizade, etc. Já quando você opta por mais recrutas você tem uma boa atitude. O jogo continua até um jogador distribuir 10 estrelas de autoridade e ser o campeão.
Isso é um pouco sobre Euphoria, um jogo excelente que agrada a todos no hobby, pois não é extremamente complexo a ponto de excluir o novato e nem tão simples para desagradar aquele experiente jogador de euros pesados. Ele é aquela opção quando a jogatina está cheia e não se quer jogar um party game. O famoso simples pela jogabilidade, complexo pelas possibilidades, encantador pela beleza e temática amarradinha que nos faz pensar porque tanta semelhança com nossa realidade. Então dê oportunidade para esse incrível jogo e nos diga se já jogou ou gosta de Euphoria em busca de solução para esse mundo.
E aí? Já jogou Euphoria? O que achou deste jogo?
Até a próxima, um abraço!
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