No início do século XV, marinheiros portugueses descobriram uma ilha no meio do Oceano Atlântico. Esta ilha possuía, não só uma localização privilegiada, como era provida de uma densa floresta, o que fez com que aumentasse ainda mais o interesse dos portugueses. Batizada de Madeira, esta ilha foi o ponto inicial do Império Português.
Inicialmente, o trigo era a principal fonte de subsistência de Madeira, porém D. Henrique optou por incrementar a economia portuguesa e, investiu na produção de açúcar na ilha. Mas o sonho não vingou, pois, a oferta desse insumo em outras partes do mundo fez com que o investimento não gerasse o lucro esperado, então a corte partiu para outro tipo de produção e o famoso vinho de Madeira tornou-se o produto de maior importância e rentabilidade da ilha.
Esta é a história por trás de Madeira, um jogo de estratégia pesadíssimo em que os jogadores representam Nobres Portugueses que buscam prosperidade e riqueza na ilha e, consequentemente, a expansão do Império Português. Neste jogo, além da temática de economia e gestão de recursos, temos a nossa querida alocação de trabalhadores e a tradicional rolagem de dados.
Inicialmente, a ilha é dividida em três Capitanias: Funchal, Machico e Porto Santo. Estes locais são subdivididos em vários campos em que são plantados trigo, cana-de-açúcar e uva, sendo que a última é utilizada para a produção do tão admirado vinho. Várias árvores ainda são encontradas em Madeira, por isso, é necessário que os jogadores as removam para expandir as plantações e construir navios e cidades.
Outro ponto importante são as quatro famílias Nobres que vivem em Madeira, que garantem certos privilégios para os jogadores que se aliarem a eles. Mas atenção, se falhar na hora de cumprir as suas obrigações com eles, sua honra ficará manchada e você será taxado de Pirata.
Cada partida de Madeira se dá em cinco rodadas, num fluxo bem simplificado: rolar os dados e alocá-los para realizar ações. Ao final de cada rodada, é necessário alimentar os trabalhadores da ilha, fazer manutenção dos navios e receber os rendimentos pelos trabalhos realizado nos campos.
Uma coisa legal a respeito desse jogo é que as rodadas se diferem umas das outras em relação a seus objetivos e conquistas. Nas rodadas 1, 3 e 5 a Coroa Portuguesa envia solicitações aos Nobres que devem cumprir com elas. Já nas rodadas 2 e 4 há a mudança de cultivo na ilha: muda-se do trigo para o açúcar na primeira e do açúcar para o vinho na segunda. Uma espécie de simulação de passagem de tempo e investimentos propostos por D. Henrique.
O jogo apresenta dois tabuleiros: um principal e outro representando as quatro famílias nobres. No tabuleiro principal temos a ilha de Madeira com suas cidades, edifícios e campos de cultivo (onde normalmente produz-se um insumo, porém em alguns casos é possível produzir até dois), além de outras três colônias portuguesas: Açores, Brasil e Índia. Enquanto no tabuleiro das famílias é possível determinar a ordem de quem irá jogar e os pedidos da Coroa.
Como eu disse anteriormente, Madeira é um jogo pesado, onde a tática e o planejamento ao longo prazo são determinantes para conquistar a vitória. E por falar nela, para conquistar essa senhora aí, os jogadores precisam adquirir Pontos de Prestígios e, vence aquele com mais pontos ao final.
Galera, esse foi um resuminho bem básico a respeito desse jogo de derreter cérebro e eu quero saber quem já teve o prazer de joga-lo. Deixa aí nos comentários o que você achou desse jogo.
Eu fico por aqui, um beijo no cérebro de todo mundo e até a próxima.
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