Os assim chamados Heróis que saquearam a cidade perdida de Dragon’s Gate não faziam ideia de que seriam eles os causadores do fim do mundo. Acreditando que a referência a um Portal no nome da cidade era falsa, eles se surpreenderam ao encontrar um Portal mágico verdadeiro abaixo da cidade há muito esquecida. Foram ingênuos o suficiente para abri-lo, o que causou a morte do grupo instantaneamente. Toda Magestone, a substância mágica mais concentrada que existe, explodiu, causando milhões de mortes e a queda de muitos que estavam no poder. O Rompimento, como ficou conhecido, foi há 32 anos. Desde então, muitas das facções conseguiram recuperar um pouco do poder que haviam perdido. O outrora formidável Império Atlante lutava para reunificar seu reino diante de um ataque total por parte dos Khans Orc. Antigamente os Orcs se contentavam em invadir as terras fronteiriças, mas os rumores do surgimento de novas e poderosas criaturas, talvez sob o controle dos Atlantes, levou-os a desconfiarem que sua janela de oportunidade estava se fechando rapidamente. Fortes estão sendo atacados por hordas furiosas dos exércitos dos Khans e há rumores de que o Imperador, temendo invasões às cidades mais poderosas do reino, tem ampliado suas defesas e vem pedindo assistência a velhos, e agora silenciosos, aliados. Em várias tumbas esquecidas sob o Império, casulos de Draconum, agora em seus estágios finais de maturação, estão eclodindo. Os Draconum que emergirão destas incubadoras anciãs são de uma evolução inteiramente nova, diferente de tudo que já foi visto. Estes invasores esquecidos sincronizaram seu despertar para coincidir com a profecia de que um líder de sua espécie surgiria nesta época. Enquanto isso, eles buscam destruir, conquistar e acumular poder. Conforme as terras sofrem as invasões dos Orcs e os Draconum se libertam de suas incubadoras subterrâneas, uma 3ª força entra em cena. Os camponeses os chamam de Cavaleiros-Magos, já que eles se mostram igualmente habilidosos em magia e em combate. Ninguém sabe quem os enviou ou porquê. Alguns os veneram como Heróis e libertadores, e estão ansiosos para se juntará os seus Exércitos, acreditando que eles podem trazer estabilidade com seu poder. A maioria os temem e fecham os portões de suas Cidades, pois os Cavaleiros-Magos são misteriosos e não falam sobre seus reais objetivos. Em poucos dias, uma pequena quantidade de Cavaleiros-Magos varreu o interior do reino, algo que, de outra forma, demandaria meses e exércitos inteiros para conquistar. A única pista de suas motivações é que eles estão claramente indo em direção à capital. Hoje à noite eles chegarão às muralhas…
Beleza, mas sobre o que é o Jogo?
Cada jogador encarna um Mago-Cavaleiro, enviado para realizar missões no Império Atlante a pedido do Conselho do Vazio. Há muito tempo, você trocou sua independência por poderes comparáveis aos dos deuses. Em troca, o Conselho pediu apenas lealdade; e agora, você está sendo convocado para executar sua missão sem questionar seus reais motivos. A recompensa por sua contínua obediência: Fama, Poder, Conhecimento e Tesouros. Tudo o que encontrar durante sua missão é seu, e você pode escolher se aliar ou enfrentar outros Cavaleiros-Magos enquanto atende aos comandos do Conselho. Você deve enfrentar os diversos Cenários do jogo. Cada Cenário define objetivos básicos e parâmetros de uma Aventura, ou missão. Mage Knight, oficialmente, não tem modo campanha, porém é possível encontrar algumas aventuras desse tipo feitas por fãs na internet.
E como funciona?
Mage Knight tem como mecânica principal a construção de baralho, e como dito anteriormente, tem uma mistura de outros tipos de jogos como rolagem de dados, alocação de meeples, uma pitada de RPG e construção do tabuleiro ao longo da partida.
Todas as ações devem ser eficientes para que se possa vencer. O fator sorte está presente na seleção aleatória das cartas e das fichas reveladas, além da tradicional rolada de dados, mas pode e deve ser contornado com uma boa estratégia. Apesar de ter miniaturas (muito belas por sinal) e tema muito presente que lembram jogos do tipo ameritrash, o jogo é um euro pesado, onde cada Cenário é uma Aventura com objetivos definidos, cabendo aos jogadores descobrirem a melhor maneira de alcançá-los, adaptando-se às oportunidades que forem surgindo.
Cada jogador começa a partida com 16 cartas de Ação Básica, e pode posteriormente acrescentar cartas de Artefato, Ações Avançadas e de Feitiços.
No início da 1ª Rodada, os jogadores embaralham essas 16 cartas para formar uma pilha virada para baixo, chamada de “Baralho de Façanhas”. Então pegam dele 5 cartas, que formam a Mão do jogador, e escolhem uma carta de Tática (que estabelece a ordem de turno e um benefício) para a Rodada atual. Ao fim do Turno do jogador, ele pega cartas de seu baralho de Façanhas para repor sua Mão até completar seu Limite de Mão, que inicialmente é 5.
Uma Rodada geralmente termina quando os jogadores esgotarem seu Baralho de Façanhas, quando então eles pegam a pilha de Descarte, a embaralham novamente formando o Baralho de Façanhas da próxima Rodada. O número de Rodadas é estabelecido pelo Cenário que está sendo jogado. No seu Turno, você se movimentará pelo tabuleiro, poderá interagir em locais habitados como Vilarejos ou Mosteiros e decidir se quer Combater Inimigos.
Como herói, você possui níveis de Fama e Reputação, marcadas nas duas Trilhas correspondentes. Dependendo das consequências de suas Ações, poderá aumentar sua Fama e aumentar, ou diminuir, sua Reputação. Por exemplo, pode-se aumentar a Fama combatendo e derrotando Inimigos, e pode-se perder Reputação se Saquear um Vilarejo, por exemplo.
Quando realizar Combates e for ferido, você recebe cartas de Ferimento que farão parte de sua mão, limitando a quantidade de novas cartas que você poderá repor para sua Mão e usar nos próximos turnos.
Em Mage Knight, basicamente, você irá Mover-se, Interagir e Combater.
Cada partida de Mage Knight é jogada de acordo com um dos cenários que você encontrará no Livro de Cenários no final do Livro de Regras. Isso não significa que você e sua turma deverão seguir à risca o que consta lá. Os cenários simplesmente estabelecem os parâmetros e objetivos básicos da partida. Cada partida é única, com um mapa construído aleatoriamente, cartas diferentes e inimigos diferentes. Você pode experimentar vários cenários ou simplesmente jogar aquele que se adequar melhor às suas preferências de jogo.
Independente das suas preferências, o primeiro cenário que você deveria jogar (e também o primeiro cenário que você deveria usar ao introduzir novos jogadores ao jogo) é o Reconhecimento Inicial. Este cenário foi criado para introduzir os jogadores ao jogo da maneira mais lúdica de todas: jogando. Ele é mais curto, então não tomará muito tempo mesmo que você jogue em um ritmo mais lento de início, e ele também mostra os conceitos do jogo na ordem mais natural.
Se você tentar explicar todas as regras e jogar um cenário completo desde o começo, novos jogadores podem se assustar com tanta informação, sem contar que jogar um cenário completo pode demorar muitas horas, mesmo com jogadores experientes. O Reconhecimento Inicial é sua primeira tarefa como um Mago-Cavaleiro.
O primeiro cenário foi criado para dois a quatro jogadores, mas se quiser, você pode jogá-lo sozinho. Seu objetivo neste cenário não é competitivo; sua missão será bem-sucedida quando qualquer um dos jogadores encontrar a cidade. Entretanto, não encare isto como um esforço cooperativo – os Cavaleiros-Magos são muito individualistas e competitivos, e desconfiam naturalmente uns dos outros (do modo que qualquer um com tais poderes faria). Cada um explora o território por conta, tentando acumular Fama e obter maiores pilhagens que os outros.
Recentemente adquirimos uma cópia desse jogo maravilhoso aqui na Lost Token, e na humilde opinião deste que vos fala, é um jogo S-E-N-S-A-C-I-O-N-A-L. O detalhe das miniaturas são o que mais me chamaram a atenção por serem muito bem-feitas, e pintadas de forma bem uniforme. A arte do tabuleiro também tem seu charme e a das cartas não consigo nem descrever. Os artistas desse jogo merecem um prêmio por tamanhos detalhes em cada carta, cada marcador de criatura que eu poderia ficar horas a fio elogiando. Outro destaque é, como dito acima, que você não precisa necessariamente procurar tretar com os outros jogadores. Isso é um ponto positivo, visto que dependendo do seu rendimento, você levará uma surra dos NPCs e dos jogadores. Em nossa primeira partida, tanto eu quanto o Teles começamos o jogo muito mal e custamos a nos recuperar. Mas é um jogo espetacular que, com toda certeza, virá mais vezes para nossa redação.
E aí meu povo, já jogaram essa obra-prima? Curtiram? Deixa nos comentários aí embaixo e marca seus amigos que deveriam se juntar pra jogar com você. Eu fico por aqui, beijo no cérebro de todo mundo e até a próxima.
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